"si no hay perturbación, no corresponde que haya deseo de conservarse ni temor de perderse".
jueves, 1 de agosto de 2013
Mario Perniola, "Berlusconi ou o 68 realizado" (Mimesis, Milán, 2012)
Berlusconi levou até o fim um projeto revolucionário que havia sido teorizado já na segunda década do século XX pelo movimento austríaco "Sexpol": tirar a educação dos filhos por parte dos pais e atribuí-la à sociedade. Isso aconteceu através da televisão que reflete o modo comum de sentir as coisas; isso para Berlusconi é exemplificado por aquele que, levantando-se da cama, de manhã, e olhando-se no espelho, vê um "idiota". Berlusconi, assim, representa o ápice de um processo que entregou à televisão toda tarefa educativa e instrutiva, transformando-a totalmente num entretenimento que transforma os espectadores em verdadeiros idiotas. Em outros termos, não humilha aquele "idiota", não esperando dele nenhum esforço mental e psíquico, fazendo com que ele se sinta em perfeita harmonia com o mundo. [...]
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tradução Davi Pessoa.